23 de abril de 2010

Meus Princípios e Fim.

Cinco dedos   e s t a m p a d o s   na sua cara
Assim, como uma verdade brutalmente escancarada
Infinitamente dolorida
A mão que afaga e acalenta
É a mesma que esmaga e violenta
Por amor ou uma viagem só de ida
Você aprende, entende
Você aposta e gosta
Você implora por mais
E é ouvida
Assisto você de joelhos   e s q u e c e n d o - s e   de si
Seus ouvidos sangram e os olhos regam seu rosto
E seu sorriso murcha, seu ego acaba
Depois de humilhada você vê a luz
Percebe que a lição dolorida é eficaz
Você mostra, você faz
O jogo vira e é você quem está no comando
Acredita
Retoma as rédeas de si.
Estala o chicote e açoita o medo
O amor próprio grita seu nome e você atende
Fica em pé e olha nos olhos
Fala com propriedade e não passa a mão
Um peso sai dos seus ombros
Os nós se desfazem na garganta e na vida.
Ainda há marcas, ainda há dor
Eu me sento no chão, diante de ti
Ofereço um pouco de alívio
Sirvo dose dupla
Jogo fora a garrafa da culpa
Afago os cabelos, seco o pranto
Digo baixinho no ouvido ferido
Por amor e por você.
16 de abril de 2010

IN.

O triste fim
De um querubim
Que vem a mim
E não diz sim
Aqui no Jardim
O triste não
Cavado no chão
Dá-me tua mão
E, por favor, o coração
Ai ai... Ai ai...
Ou entra, ou sai
Se queres ir, vai
Mas, se te importas, ai
Não vai
Diz sim
A mim
Querubim
Eu vim
Assim
Então vem
Pra mim
Diz sim... Diz sim...
Pra ser o fim
Aí sim, aí fim
Enfim
E fim.

Emaranhado.

Comi uma caixa inteira 
De bombom essa semana
Mas, não falei com a Mariana
O telefone não tocou
E ninguém  me amou
Acabou?
Cadê a grana?
Sorri Ana
Quem emprestou?
Chorou?
Olhe pra mim
Você vai pra lá
De onde eu vim
Não me engana, Mariana
Fico sem mar e sem Ana
Ana e Mar
O dom de amar
Pra quê escrever
Se você não vai ler?
Se bobiar vai apagar
Só pra anotar
O celular
De quem?
De cem!
Não tenho troco
Enrolo a trocar
Pra você ficar
Seguro sua mão
Mas, toco o coração
Nada de me olhar
Ligar
Enxergar
Cadê teu dom de amar?
Me paga uma dose
- De vinho branco, por favor!
Vem me ninar
Meninar
Menimar
Me Animar!
Apaga o que ficou
Do que eu ainda sou
Mas agora tô indo
Ver o mar
Ver Omar
Ver e amar
Beijo Mariana
Te ligo essa semana.

13 de abril de 2010




Minha alma chora pela ferida de outrora
Como   n ã o   pensar no que passou?
São histórias nem tão doces contadas na cor da aurora
Eu conto as mágoas nas quais você   m e   afogou