20 de março de 2011

Palavra.

Palavra que depois de dita, maldita, não volta
E fere, sangra, dói.
Você sabe, não sabe?
Palavra que nem culpa e nem desculpa, ameniza efeito.
Palavra.
Se não quer dizer, não diz.
Se não quer dizer, não abre a boca.
Palavra.
Derruba em segundos o que demorou a se construir,
invade o reino da mágoa e por lá faz morada.
Nada. Nada. Nada.
Palavra ecoa.
E por mais que doa
Ainda há quem insista
Você.
Não precisa ser repetida para que eu me lembre.
Mas, você se repete.
Palavra.
Como óleo na água.
Como prego na madeira.
Visível.
Marcada.
Você, palavra.
Sua, palavra.
Cale-se, eu não quero ouvir.
Não mais, não você.

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