1 de julho de 2013

Uma dose de ingratidão.

Antes de qualquer amor,
em mim - o próprio.
Em você também deveria.
13 de julho de 2011

De negação.


Não sei
E quer saber?
Não ligo
Mas quer ligar?
Não disco
Seus dedos querem discar
Eu paro, controlo.
Mesmo querendo gritar?
Estou fraca, estou rouca.
Para tanto, se cala?
Tenho medo
E daqui alguns dias?
Estarei louca.
Você faz escolhas erradas
Do que falas?
Tua alma tem sede e você não a sacia
Prefere o confronto ao conforto
Tua paz parece guerra
Que você nunca encerra
Assim você é pela metade
E nunca será livre
Liberdade é ser o que tem vontade
A verdade nua e crua
Bate a asa
Voa longe
Tens tua casa
Sobre o monte.
Não se engane
Sorri pra mim
Saiba
Ligue
Disque
Grite
Nunca hesite
 deixar tua vontade
e sedes livre.
Acordar com seu sorriso
Avisando que é dia
Ocupando seu espaço,
Lhe (me) fazendo companhia
No abraço e no amasso
Que me enche de alegria
Dissolvendo o cansaço,
Afastando a agonia
Aconchego sem tamanho
É o jeito perfeito de fazer amanhecer,
De dar o primeiro passo
Seus braços em meu corpo
Se fazem laço
Sua voz em meu ouvido
Dita o compasso
Que minha alma dilata
Ocupando o espaço
Os meus lábios se abrem
Num sorriso bobo de palhaço
9 de julho de 2011

Untitled


Te ofereço tudo o que há em mim
Do bom e até o ruim
Dou fim, meio e começo.
Ofereço - inclusive - o tropeço.
Deixa eu cair.
Deixa eu sangrar.
É melhor assim.
Comece pelo pescoço
Que eu gosto mais
E roa até o osso
Me satisfaz.


14 de abril de 2011

Chá de Junho.

Você cuidou de mim, 
me aconselhou quando eu não soube escolher
Guardou meu medo
E nunca parecia tarde demais pra ouvir o que você tinha a dizer
Por tantas e tantas vezes você soube cessar meu choro
Você deu passos para trás apenas pra segurar minha mão
E me fez caminhar sempre adiante
Sob o seu ponto de vista me fez enxergar o desconhecido
Aprendi:
É sempre uma grande oportunidade ver com outros olhos
Que ainda não estão cansados
Que talvez nunca se cansem
Você nunca se cansou de mim
Você sempre recuperava o fôlego
E sabia de todas as coisas
As quais nunca teve preguiça de (me) ensinar
E eu era o que você sempre chamava de Orgulho
Até que um dia só disse até logo
Seguido de um pedido
Atendido: Não esqueci.
Doeu, sim.
E como um sonho que parece ter fim
Para que então comece o pesadelo 
"You're not in Wonderland anymore, Alice!"
Acorda, Alice! Acorda!
Como o coelho, me senti atrasada
(Para qualquer coisa)
Embora os dias parecessem sempre iguais
Cinzentos, congelados no tempo.
Sem aquela (sua) alegria
Parecia impossível
Então gritei
E do meio da floresta 
(do meu medo de ser singular)
O chapeleiro me respondeu:
"Only if you believe it is!"



20 de março de 2011

Palavra.

Palavra que depois de dita, maldita, não volta
E fere, sangra, dói.
Você sabe, não sabe?
Palavra que nem culpa e nem desculpa, ameniza efeito.
Palavra.
Se não quer dizer, não diz.
Se não quer dizer, não abre a boca.
Palavra.
Derruba em segundos o que demorou a se construir,
invade o reino da mágoa e por lá faz morada.
Nada. Nada. Nada.
Palavra ecoa.
E por mais que doa
Ainda há quem insista
Você.
Não precisa ser repetida para que eu me lembre.
Mas, você se repete.
Palavra.
Como óleo na água.
Como prego na madeira.
Visível.
Marcada.
Você, palavra.
Sua, palavra.
Cale-se, eu não quero ouvir.
Não mais, não você.
5 de dezembro de 2010

Pretinhosidade. (Parte II)

Você é linda e ilumina
todos os caminhos por onde passa.
Você não aprendeu a passar,
Porque fica em qualquer lugar por onde esteve.
E embora não se importe com nada,
com nada além da sua própria inocência...
... você é tão importante.

Você inspira poesia e inspira – apenas – porque é.
E minha.
Quando você sorri, posso ouvir a melodia
Dessa canção tão doce que eu quero ouvir
enquanto houver dança, enquanto houver vida.
Enquanto houver você
Canção que chamam de felicidade
Mas, podia ter o seu nome.
Ah, se eu pudesse...
Ah, se eu ao menos soubesse como escrever
Essa canção pra você
E dizer, em cada verso meu
(que é seu)
não é doce como esse sorriso
de quem descobriu o sorriso agora

E nem se eu unisse todos os versos doces
todas as canções harmoniosas
com todos os tempos certos
eu conseguiria algo tão doce
como o brilho dos seus olhos de jaboticaba.

Ah, preta
Você é linda
Você é minha
Como cantaram algum dia:
“Minha pedra preciosa,
Minha preciosidade
Minha preciosa idade”.

Ah , preta
Eu te amo.
E a minha essência, é sua.
A minha cor, é nossa.
E você é minha. 



2 de setembro de 2010

Minha doce escorpiã.

Tu és fatal,
veste-se de preto e vermelho
São os teus cabelos negros
Ou os teus lábios rubi?
O que foi que vi em ti, 
meu doce escorpião? 
Tu és  minha sina
E qual é a tua?
Sabes, tu sabes bem
Por onde passa, alucina.
Tu és Deusa, Musa
E eu sou menina
Tua pele alva contrasta com o mundo
E o teu olhar é profundo
Para ti, qualquer história
É a Dama e o Vagabundo. 
O teu veneno me move
A tua palavra, comove.
Comovida estou.
Com a vida, em mim.
Tu. 



29 de junho de 2010
Eram três e não eram.
Era uma, ou metade
Uma complexidade que não cabe,
Mas é tão simples de entender
Se era noite, brilhava.
Se era dia, sorria.
Era pequena e leve...
Contudo, carregava consigo o peso de um mundo,
De toda uma vida
Carregava uma esperança sem fim
E mesmo assim conseguia voar
Simples e complexa
Acredita que para si
Definição melhor não possa existir
Uma parte dela era frágil,
A outra guerreira,
Mas uma terceira não havia decidido.
Uma era pequena,
A outra menor
E uma outra, não existia.
Uma era o eufemismo, outra hipérbole
E a outra, um paradoxo.
Se sabia ou não o que queria
Não importava, ela queria seguir.
Ela inventava.
Era um amor sem limites, um ódio sem perdão.
Era o extremo de si mesmo, tinha medo e enfrentava.
Era prosa e poesia.
A salvação e o abismo.
Era forte quando ninguém esperava
E desabava por nada.
Ria de tudo, ou não achava graça em nada.
Dependia de quem, como, hora e lugar.
Não se preocupava em ser entendida
Queria ser explorada, vivida.
Ser a calma dos corações machucados
E o mal aos injustos.
Ouvia sempre que tinha Deus no coração
E o diabo no quadril
Não era nem metade do que sonhava em ser
Era só uma pseudo escritora
Uma aspirante à qualquer coisa.
Olhava pro céu e se via do alto.
Olhava pro chão e via o caminho.
Ela é o caminho.
24 de junho de 2010

Poeminha

A vida passa 
E você passou,
Ficou no tempo passado, 
parado.
E fim.
18 de junho de 2010

A cura.

Colocaram um ponto final sem a sua permissão
Eu não vi e não pude evitar
Ataram as minhas mãos
Mas, agora te convido:
"Venha comigo"
E você curiosa, pergunta:
"Onde, onde?"
Não por desconfiança,
apenas por satisfação
Eu pego na sua mão
Na certeza de alcançar o coração
No caminho eu te explico.
É um novo parágrafo
Não podemos parar
Continue sonhando
Continuo a te amar
8 de junho de 2010

Do Brasil.

Esmalte colorido
Cabelo esticado
Mas, ela ainda tem um bronzeado
Da cor do Brasil
Sorriso escancarado
Coração sempre a mil
Essa garota tem os trejeitos perfeitos
E a cor do Brasil
Quando ela anda
O mundo olha
Quando ela samba
O mundo para.
Para e me olha
Não me ignora
Mas, não para de sambar
Ela requebra e balança
E eu não posso acreditar
É a sensação da festa
E me pediu pra dançar?
Eu não posso acreditar, não!
Seguro a sua mão que brilha na pista
Eu sorrio, ela pisca
E a gente vai se acabar
(De sambar)
Ela vai se acabar
(Requebrar)
Eu não me canso de olhar
Ô nega! Quero te namorar.





23 de abril de 2010

Meus Princípios e Fim.

Cinco dedos   e s t a m p a d o s   na sua cara
Assim, como uma verdade brutalmente escancarada
Infinitamente dolorida
A mão que afaga e acalenta
É a mesma que esmaga e violenta
Por amor ou uma viagem só de ida
Você aprende, entende
Você aposta e gosta
Você implora por mais
E é ouvida
Assisto você de joelhos   e s q u e c e n d o - s e   de si
Seus ouvidos sangram e os olhos regam seu rosto
E seu sorriso murcha, seu ego acaba
Depois de humilhada você vê a luz
Percebe que a lição dolorida é eficaz
Você mostra, você faz
O jogo vira e é você quem está no comando
Acredita
Retoma as rédeas de si.
Estala o chicote e açoita o medo
O amor próprio grita seu nome e você atende
Fica em pé e olha nos olhos
Fala com propriedade e não passa a mão
Um peso sai dos seus ombros
Os nós se desfazem na garganta e na vida.
Ainda há marcas, ainda há dor
Eu me sento no chão, diante de ti
Ofereço um pouco de alívio
Sirvo dose dupla
Jogo fora a garrafa da culpa
Afago os cabelos, seco o pranto
Digo baixinho no ouvido ferido
Por amor e por você.
16 de abril de 2010

IN.

O triste fim
De um querubim
Que vem a mim
E não diz sim
Aqui no Jardim
O triste não
Cavado no chão
Dá-me tua mão
E, por favor, o coração
Ai ai... Ai ai...
Ou entra, ou sai
Se queres ir, vai
Mas, se te importas, ai
Não vai
Diz sim
A mim
Querubim
Eu vim
Assim
Então vem
Pra mim
Diz sim... Diz sim...
Pra ser o fim
Aí sim, aí fim
Enfim
E fim.

Emaranhado.

Comi uma caixa inteira 
De bombom essa semana
Mas, não falei com a Mariana
O telefone não tocou
E ninguém  me amou
Acabou?
Cadê a grana?
Sorri Ana
Quem emprestou?
Chorou?
Olhe pra mim
Você vai pra lá
De onde eu vim
Não me engana, Mariana
Fico sem mar e sem Ana
Ana e Mar
O dom de amar
Pra quê escrever
Se você não vai ler?
Se bobiar vai apagar
Só pra anotar
O celular
De quem?
De cem!
Não tenho troco
Enrolo a trocar
Pra você ficar
Seguro sua mão
Mas, toco o coração
Nada de me olhar
Ligar
Enxergar
Cadê teu dom de amar?
Me paga uma dose
- De vinho branco, por favor!
Vem me ninar
Meninar
Menimar
Me Animar!
Apaga o que ficou
Do que eu ainda sou
Mas agora tô indo
Ver o mar
Ver Omar
Ver e amar
Beijo Mariana
Te ligo essa semana.

13 de abril de 2010




Minha alma chora pela ferida de outrora
Como   n ã o   pensar no que passou?
São histórias nem tão doces contadas na cor da aurora
Eu conto as mágoas nas quais você   m e   afogou
28 de março de 2010

De porcelana e Aço

Delicadeza de porcelana
Enfeita-lhe o traço
Mas, óh, quem diria?!
Na composição também tem aço!

Jeito doce feito anjo
Sorriso bobo de palhaço
Mas, óh, quem diria?!
Na composição também tem aço.

Alma reluzente de esperança
O coração lhe ocupa muito espaço
Mas, óh, quem diria?!
Na composição também tem aço...

A meiguice dos pequeninos
Compactada no tamanho do meu abraço
Mas, óh, quem diria?!
Na composição também tem aço?

Sim!
Tem aço, tem ferro, tijolo e concreto
Força de mulher, força de guerreira
Batalhas, vitórias, destino:
Ela rabisca tudo na cabeceira

***

Poema que eu ganhei de presente da minha grande amiga Fernanda Leal.
À você todo meu amor e gratidão, pelos sorrisos e lágrimas arrancados sempre da forma mais doce e sincera.



27 de março de 2010

Leal - Dade.

Eu tenho uma poesia como amiga
Meu poema ambulante
Eu choro, ela me escuta
Sinto medo e ela me abriga
Eu tenho uma poesia como amiga
É como um possuir um bosque encantado
Um sonho realizado
Ou o perfeito namorado
Quase ninguém possui
Sorte a minha
Não escrevi no branco do papel
Fora tatuada pelos dedos de Deus
No colorido da minha alma
Ela é boneca e você não pode brincar
Ela é o ombro que a de te consolar
Ela é a piada que ri de você
A ironia que não te satiriza
O cobertor que te aquece
Mas também pode ser brisa
Uma caixinha de surpresa
Minha poesia infinita
Meu apoio infindo
Meu afeto tão lindo
Meu poema pode ter dois versos
Que querem dizer a mesma coisa:

Incondicionalmente, Amor
Soteropolitanamente, Leal.




5 de março de 2010

AG - AT - AA.


Abra tuas a s a s sobre mim
Proteja-me e guia-me pelo teu caminho
Não me importo de andar descalça
Por todo o calcário se necessário for
Para caminhar ao teu lado
Se eu tiver que voar
Tem que ser do sob tuas asas
Se eu tiver que sonhar
Tem que ser contigo
Se eu tiver que sorrir
Tem que ser para ti
Se eu tiver que cair
Tem que ser nos teus braços
Se eu tiver que chorar
Tenho que ter teu o consolo
Se eu tiver que construir
Tem que ser pela tua felicidade
Se eu tiver que procurar um caminho
Tem que ser um que me leve a ti
Eu te amo.
Eu te amei o tempo todo.
Eu te amarei por todos os tempos.
Tu que sois meu anjo
Meu amigo
Meu amor
Tu que trouxeste cor ao mundo
Que antes era preto e branco
Tu que não é Deus
Mas, faz com que eu me sinta no céu
Tu que fizeste com que eu provasse o sabor do pecado
Fez-me humana de corpo e alma
Tu que encaixaste tua alma na minha
Deixa eu te contar
Deixa-me encostar
Quero tocar
Quero sentir
Quero sorrir
Quero estar
Tanta saudade que habita meu peito
Tanto amor que se faz teu
Tantos sorrisos perdidos num caminho colorido
Este que tu me ajudaste a construir
Anjo Terrestre
Anjo do amor
Meus sonhos se fazem alados para te encontrar
Minha alma gêmea, meu encaixe
Enquanto eu respirar lembrarei-me de te amar
Se eu pedir, tu habitas só o meu céu?
Deixa-me alçar vôos coloridos contigo
Deixa-me ser tua.
Sejas meu.
Sonho meu.
Vida minha.


28 de fevereiro de 2010

Inquietações aladas.

No casulo eu me fiz
Me preparei para alçar os vôos mais bonitos
Aproveitei a paz para admirar o colorido das minhas asas
Pouso sobre o coração dos aflitos
E levo amor para todas as casas
Me calo quando não sei
Imponho o que acredito
A certeza do incerto não cabe a mim
Mas a justiça ao injusto talvez sim
O meu coração sempre pulsou sem alento
Um mesmo sorriso a todo o momento
Ainda resta um frio na barriga
Um medo de fracassar
Procuro uma estrada bem florida
para que eu possa começar
Re-começar
Alçar vôos tão bonitos
Como só faz quem sabe amar
Com a sabedoria de um gêmeo
Com a força de um leão
Com a delicadeza de uma borboleta
Com o cheiro de uma flor
Tenho mais espinhos que uma rosa
Terão de enfrentá-los quem me quiser
Bem-me-quiser ou mal-me-quiser
O jogo acaba quando eu quiser
Ainda quer brincar?
Ainda vai voar?
Deseja me levar?
Geminiana com ascendência em leão
Sou alada.
Aliada?
Amada.



26 de fevereiro de 2010

S.ua

Eu contemplava o espetáculo
Meus olhos sorriam enquanto minhas mãos aplaudiam.
Um adeus que tinha suas horas contadas
Logo voltaria, talvez mais brilhante e imponente
Ele.
O céu agora era dela
A letra L do seu nome fazia o canto
A esquina onde eles se encontravam
E eu ali, do outro lado...
Observando
Absorvendo
Se eu tivesse asas talvez assistisse mais de perto
O amor deles não tinha uma cor
Era um degradê
A forma que eles encontraram de regojizar
O laranja vai tomando o que era azul 
E quando se transformam em um 
Com carinho
Tudo acaba por ficar azul marinho
O gentlemann se retira para que ela comece a brilhar
Oh Lua, ele caiu na tua.
Agora o sol é S.ua
E a Lua é L.ol
Quem se entrega e quem procura?
O calor dele e o frescor dela
Trazem ares agradáveis
Sua e Lol são (per)feitos um para o outro
De manhã, quando a Lol se recolhe
Com seu ego massageado por tantos admiradores
O Sua a encobre com lençois que parecem ser de algodão
São as nuvens macias e cheirosas
Lol se coloca de ladinho 
E dorme abraçada
Descansando sua beleza para mais uma tarde de amor
Enquanto seu amado ilumina as estradas
E se chove é porque brigaram.







(M)eu (amo) Anjo

Meu anjo tem os olhos verdes
Cabelos cacheados
E asas prateadas
Arrasta os erres
E me enche de por quês
Meu anjo pousou perto
Mas só quando voou longe
Eu percebi sua proteção
Meu anjo sorri bonito
E encanta os que o vêem
Não precisa estar perto
para me guiar
Ouço meu anjo sorrir pelo telefone
Ele que sabe a hora da fala
E também quando precisa calar
Meu anjo tem uma doçura que não cabe no abraço
Escorre por todo espaço
Onde ele passa a ocupar
Meu anjo, meu anjo
Abra suas asas e mostra teu encanto
Voa pro meu canto e deixa eu me encantar
Não precisa secar meu pranto
Sabe que eu gosto mesmo de chorar
Meu anjo, meu encanto...
Quero ouvir teu respirar
Atende o telefone
Sorri outra vez.
Meu anjo
Eu amo.
Eu amo.
Eu amo...
Eu anjo
Meu amo
Meu eu
Amo anjo.


_____

Para o anjo, da anja.
4 de fevereiro de 2010

Ter.

Tenho dormido abraçada ao travesseiro
Porque não tenho teu corpo
Tenho vivido na linha que me separa
Do desespero e do sufoco
Tenho sorrido por imaginar teu cheiro
Tenho desejado noites e noites
O sabor do teu beijo
Tenho traçado mil e um planos
Só pra te conquistar
Mas cadê? Nem consigo te encontrar
Tenho me apegado as lembranças
Porque não dá pra nem pra cogitar
A ideia de te esquecer
Te perder
Me perder
Ceder
Ganhar?
É a isso que eu me apego
Ilusão ou realidade nem me importam
Tenho querido ver-te chegar
Tenho querido tanto.
Esperança é um fio
Que eu me agarro até o fim
O amor é o que me cerca
E me faz respirar
Quero acreditar
Não há você sem mim
Não existo sem você.
Tenho morrido um pouco mais a cada dia
Só a te esperar
Tenho esperança
Tenho lembrança
Tenho amor
Tenho paixão
Tenho sorrisos
Tenho lágrimas
Tenho o mar
Tenho o céu
Tenho o sol
Tenho as estrelas
Tenho a lua
Tenho a sua
Estou na sua
Tenho você
Tenho?
Tenho?
Tenho?
Tu, tu, tu...


29 de janeiro de 2010

Sereia.

O mar aberto
em frente a mim
Sorriso certo
Tranquilidade enfim
O mar no canto
O seu encanto
Clamava
Enquanto ia e voltava
Salgado não estava só
Uma outra pessoa o observava
E eu me questionava
Encantada com o canto
E com o manto
De paz e de azul
Quem seria?
Sereia?
Serei a estrela
Estrela do mar
Estrela de amar


_____

Para a minha estrela de amar, minha estrela guia, meu anjo, meu amor, minha Diva.

A Rainha!

A boneca era de pano
O tecido era humano
E o coração batia sem parar
O sorriso sempre a brilhar
Iluminava o dia, o ano
De quem ousasse passar

Boneca com nome e endereço
Ela tinha um caminho a trilhar
Expunha a alma pelos palcos
E quem assistia,
punha-se a se encantar
Feição doce a possuia
Não era difícil de se apaixonar

Vez ou outra ruge
Como uma boa leoa
Que seu recanto protege.
Mas, seus seguidores entendem
E não a temem
Sabe-se que no reino desta rainha
Paz e bem sempre vencem.


______

Para minha Rainha Leoa Borboleta Boneca Azul.
20 de janeiro de 2010

She's Carioca. ♥

Quem é você?
Que me ama
Me derrama
Que vê minha alma
E me acalma?
Quem pode ser?
Que dá sentido
A tudo que existe
A minha volta?
Você que sempre vai
Mas, que eu sei que volta
Eu traço minha rota
Só pensando em te encontrar
Porque teu sorriso
Faz meu olho brilhar
Ser chamada de Pequena
É minha doce redenção
Meu orgulho é você
Que me fez carioca de coração.


____

Para a melhor amiga do mundo.
19 de janeiro de 2010

.a.m.o.r.

Quando te vi
Logo sorri
Pois percebi
O amor em ti
Tentei me esconder
Mas, quando é pra valer
Você fica sem entender
Mas, é fácil de ver
Que não se pode correr
Os olhos podem desviar de você
Só que a mente não desgruda por um segundo
Sentimento profundo
Tomou meu coração
Este que te pertence
Já que sem você não há razão
Você me faz sonhar
Pro verdadeiro amor
Você me fez acordar
Hoje não posso negar
Nem fingir não notar
Como o meu coração
Parece saltar
Apenas com a possibilidade
De ver-te chegar
Os olhos ficam a brilhar
As pupilas a bailar
E como num encanto sem fim
Eu ainda te espero chegar.


Menino.

Menino esquisito
Que me olha bonito
E deixa o meu coração aflito
Quando você não está
Moleque levado
Que me abraça apertado
E assiste encantado
O meu breve suspirar
Te peço que me leve
Mas, não me atropele
Se no meio do caminho
Eu quiser descansar
Sinto muito menino
É meu jeito moleca
De não deixar pedras
Me derrubar
Menino me olhe
Menino me escute
Eu não sei muito bem
O que eu vou te falar
Te conheço menino
Como a palma da mão
E o meu coração
Você passou a habitar
Desde quando menino
Os teus lábios sorrindo
Eu vi meu nome a chamar.

___



A primeira poesia a gente nunca esquece! Me lembro que estava sem inspiração para narrar e que dormi bem durante quase todo o espaço de uma noite quente de verão, foi durante a madrugada que um estalo me ocorreu, eu que sempre acreditei que nunca escreveria uma poesia na vida, já que acreditava não ter talento o suficiente. Mas, me veio as palavras neste exato compasso. E eu me senti realizada dando vida a minha primeira filha, minha primeira poesia.